Impasse no Congresso leva EUA ao 15º ‘shutdown’ desde 1981

Os Estados Unidos iniciaram nesta quarta-feira (1º) uma nova paralisação parcial do governo federal, após o Congresso não conseguir aprovar um projeto de orçamento. A medida, conhecida como shutdown, interrompe temporariamente o funcionamento de serviços não essenciais e coloca milhares de funcionários públicos em licença sem remuneração.

O impasse ocorre em meio a disputas sobre programas de saúde. Os democratas condicionam a aprovação do orçamento à prorrogação de iniciativas de assistência médica prestes a expirar, enquanto os republicanos, alinhados ao presidente Donald Trump, exigem que o tema seja tratado de forma separada. A Casa Branca classificou o episódio como um “shutdown democrata”, numa escalada de acusações entre os dois partidos.

Trump endureceu o discurso ao ameaçar demissões em massa e cortes em programas vinculados a adversários. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, afirmou. A retórica aumentou a tensão após a última rodada de negociações fracassar no Senado, onde a proposta orçamentária recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários.

Este é o 15º shutdown nos EUA desde 1981 e o primeiro desde o bloqueio de 2018-2019, também sob Trump, que durou 35 dias e custou cerca de US$ 3 bilhões à economia americana. Com a paralisação, apenas serviços considerados essenciais — como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo — seguem ativos, enquanto o país enfrenta incertezas políticas e riscos econômicos em meio à proximidade das eleições legislativas de 2026.

Sair da versão mobile