O mundo da música perdeu, nesta segunda-feira (24), um de seus maiores nomes: Jimmy Cliff, ícone jamaicano do reggae e do ska, morreu aos 81 anos após sofrer uma convulsão decorrente de um quadro de pneumonia. A informação foi confirmada em comunicado divulgado por sua esposa, Latifa, que agradeceu o apoio de fãs, amigos e artistas e pediu privacidade para a família neste momento de luto.
Considerado um dos pilares do reggae mundial, Cliff influenciou gerações com clássicos como “The Harder They Come”, “You Can Get It If You Really Want” e “Many Rivers to Cross”. Mesmo vivendo em Kingston, o cantor seguia ativo, compondo e preparando novos projetos, incluindo o recente single “Human Touch”, marcado por reflexões sobre a solidão e o retorno à sonoridade dos anos 1960.

No Brasil, onde construiu laços afetivos e artísticos profundos, a notícia repercutiu com força. Desde sua participação no Festival Internacional da Canção de 1968, Cliff encontrou no país uma fonte de inspiração que marcou sua obra, rendeu gravações históricas e momentos inesquecíveis nas praias do Rio e na riqueza cultural da Bahia.
A relação especial com o país também se manifestou em sua vida pessoal: em 1992, nasceu em Salvador sua filha Nabiyah Be, que mais tarde brilharia em Hollywood. Assim como sua música, esse vínculo reforça o impacto duradouro de Jimmy Cliff — um artista cuja voz atravessou fronteiras e gerações, e cuja partida deixa um vazio profundo na cultura mundial.