Os 27 países da União Europeia (UE) aprovaram, por unanimidade, o plano da Comissão Europeia para reforçar o arsenal do continente. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (6) e celebrada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa. O único ponto de divergência foi o apoio militar à Ucrânia, vetado pela Hungria, enquanto os demais 26 Estados-membros deram aval à iniciativa.
Costa minimizou o impacto da decisão húngara, ressaltando que outros países já se comprometeram a aumentar o financiamento para a defesa ucraniana. O plano de rearmamento europeu faz parte da estratégia do bloco para fortalecer sua segurança diante do atual cenário geopolítico.
Bombardeios na Ucrânia
Enquanto os líderes europeus discutiam medidas para reforçar a defesa, a Ucrânia foi alvo de um ataque aéreo em larga escala. Durante a madrugada desta sexta-feira (7), forças russas bombardearam diversas infraestruturas energéticas e de gás em várias regiões do país. Segundo o ministro da Energia ucraniano, Guerman Galushchenko, os danos foram significativos, mas equipes de resgate trabalham para restaurar os serviços essenciais.
A estatal Naftogaz confirmou que instalações de produção de gás foram atingidas, embora não haja registro de vítimas. Em Kharkiv, no leste do país, ao menos cinco pessoas ficaram feridas após os ataques. Já na região de Odessa, no sul, incêndios atingiram três edifícios residenciais e instalações críticas de energia.
Defesa ucraniana reage
O comando militar ucraniano informou que sua defesa aérea conseguiu abater 34 mísseis e 100 drones lançados pela Rússia. Apesar da ação defensiva, ataques russos continuam a causar danos à infraestrutura do país, aumentando as preocupações sobre a segurança energética da Ucrânia antes do inverno.
Nas últimas semanas, a Rússia intensificou ataques a instalações de armazenamento de gás e campos de produção. Autoridades ucranianas classificam os bombardeios como uma tentativa de minar o abastecimento de eletricidade e aquecimento para a população.
