O Governo do Amazonas destacou, nesta terça-feira (11/11), durante a COP30 em Belém (PA), sua agenda voltada à moradia digna e sustentável, apresentando o projeto Amazonas ECOLar e discutindo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) novos investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura resiliente. As ações reafirmam o compromisso do Estado com o desenvolvimento urbano aliado à adaptação climática.
O projeto Amazonas ECOLar propõe transformar resíduos plásticos em blocos ecológicos para a construção de moradias sustentáveis, unindo inovação ambiental e inclusão social. O plano prevê a instalação de um Centro de Reciclagem em Manaus, com capacidade para processar mais de 80 toneladas de plástico por mês — o suficiente para erguer cerca de 10 casas mensais, de 50 m², com durabilidade e resistência ao fogo e à umidade.
Os materiais reciclados serão adquiridos de cooperativas e associações de catadores, garantindo renda e fortalecendo a cadeia da reciclagem. A iniciativa visa enfrentar simultaneamente o déficit habitacional e a poluição plástica nos rios amazônicos, gerando empregos e moradia digna para famílias de baixa renda.
Durante a conferência, representantes do Amazonas participaram de encontros com executivos do BID, entre eles Anette Kilmer, para discutir estratégias de investimento em programas de saneamento e urbanização sustentável. O BID destacou o Prosamin+ e o Prosai, desenvolvidos em parceria com o Governo do Amazonas, como referências internacionais em resiliência urbana e inclusão social.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano e coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), Marcellus Campêlo, reforçou que os programas em execução já transformaram a realidade de milhares de famílias.
“Estamos avançando em soluções que unem infraestrutura, moradia e meio ambiente, com foco na sustentabilidade e na melhoria da qualidade de vida”, afirmou.
Em quase duas décadas, os programas Prosamin e Prosai beneficiaram mais de 80 mil pessoas, implantando sistemas de drenagem e esgotamento sanitário em áreas antes sujeitas a alagações. O modelo serviu de base para o desenvolvimento de novas iniciativas, como o ECOLar, que amplia a visão de sustentabilidade aplicada à habitação.
Encerrando a programação, o Governo do Amazonas participou do lançamento da Estratégia Amazônia 2050, promovida pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Legal (CAL), que propõe metas regionais para a bioeconomia, a transição energética e a infraestrutura verde — pilares que consolidam o Estado como protagonista da agenda climática global.
