A União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram, nesta segunda-feira (11), o assassinato de cinco jornalistas do canal Al Jazeera em um ataque aéreo próximo ao Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza. Entre as vítimas está o correspondente Anas al-Sharif, acusado por Israel de integrar o Hamas e liderar ataques contra militares. Bruxelas e a ONU questionam as alegações e exigem provas, defendendo uma investigação independente.

Segundo o gabinete de informação do Governo de Gaza, o ataque matou seis profissionais da imprensa, incluindo Mohamed al-Khalidi, do veículo palestino Sahat, e outros quatro jornalistas da Al Jazeera e fotojornalistas locais. O Exército israelense afirma possuir documentos que ligam al-Sharif ao Hamas, mas não apresentou provas verificáveis.
A alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, pediu que Israel permita maior entrada de ajuda humanitária em Gaza, ressaltando que a demanda no território ultrapassa a oferta atual. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou o apelo por uma investigação imparcial, lembrando que ao menos 242 jornalistas foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em outubro de 2023.
A ofensiva israelense começou após os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos e mais de 200 reféns. Desde então, mais de 61 mil palestinos foram mortos, e a destruição em Gaza inclui quase todas as suas infraestruturas, com centenas de milhares de deslocados.