
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (1º/7) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Coronel Rosses (PL) voltou a abordar a situação da cracolândia instalada na região central da cidade. Em seu discurso, Rosses elogiou a atuação de secretários da Prefeitura de Manaus e cobrou a ausência do Governo do Estado no enfrentamento ao problema.
Segundo o parlamentar, o secretário municipal de Segurança Pública, Alberto Siqueira Neto, e o secretário de Limpeza Urbana, Sabá Reis, foram os primeiros a responder à demanda urgente da população.
“Foram os primeiros a abraçar a nossa causa. Demonstraram sensibilidade, ação e responsabilidade diante de um dos maiores dramas sociais do Centro da cidade”, afirmou Rosses.
Ao mesmo tempo, o vereador criticou o que classificou como omissão por parte do Governo do Amazonas e da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
“Do governo, do Estado, da secretaria estadual, não tivemos um aceno sequer. Sabe por quê? Porque a vaidade está acima de qualquer coisa para aquele sujeito”, declarou, sem citar nomes, mas em tom direto.
Rosses também ressaltou que a falta de articulação entre os entes públicos compromete a eficácia de políticas de enfrentamento à dependência química e à criminalidade.
“Enquanto a Prefeitura faz a sua parte com o que tem, o Estado silencia, mesmo sendo corresponsável por garantir segurança e assistência”, pontuou.
O vereador tem levantado a pauta da cracolândia com frequência, argumentando que a presença constante de usuários de drogas em áreas centrais, como a avenida Sete de Setembro, tem agravado a insegurança, o abandono urbano e a vulnerabilidade social em Manaus.
O posicionamento de Rosses expõe, mais uma vez, a tensão política entre o Executivo municipal e estadual em torno da responsabilidade sobre áreas críticas da cidade. A falta de cooperação, segundo ele, acarreta desperdício de recursos e ineficiência na solução de problemas que afetam diretamente a população.
Para o parlamentar, a superação da crise exige menos rivalidade e mais compromisso conjunto.
“A disputa por protagonismo não pode estar acima das vidas humanas e do direito à cidade. Precisamos de respostas, não de vaidades”, finalizou.