
O governo dos Estados Unidos revelou neste domingo (22) detalhes da ofensiva aérea que atingiu instalações nucleares no Irã na madrugada de sábado. Em coletiva no Pentágono, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o chefe das Forças do Estado-Maior, Dan Caine, confirmaram a execução da chamada operação “Martelo da Meia-Noite”, considerada uma das mais complexas da história militar recente do país.
Segundo Caine, mais de 125 aeronaves participaram da missão, incluindo caças, aviões de reconhecimento, aviões-tanque de reabastecimento e sete bombardeiros furtivos B-2 Spirit. A força aérea americana lançou ao menos 14 granadas de artilharia pesada e dezenas de mísseis Tomahawk contra três principais alvos nucleares iranianos: Fordow, Natanz e Isfahan. A missão teve início por volta das 2h10 no horário local iraniano e terminou 20 minutos depois, com as aeronaves já fora do espaço aéreo do país persa.
Em um movimento estratégico de dissimulação, parte dos bombardeiros foi desviada para o Oceano Pacífico como “isca”, numa manobra secreta conhecida apenas por poucos oficiais em Washington. Já o pacote de ataque principal seguiu silenciosamente em direção ao Oriente Médio, com comunicações mínimas, garantindo o fator surpresa, de acordo com os militares.
O ponto alto da ofensiva foi o lançamento de bombas Massive Ordnance Penetrator, cada uma com mais de 13 mil quilos, projetadas para destruir estruturas subterrâneas reforçadas, como as da unidade de Fordow. Caine classificou a operação como um “sucesso absoluto” e destacou que o ataque partiu de uma base no Missouri, registrando a missão mais longa já realizada com B-2s.
As autoridades americanas reforçaram a segurança doméstica após o ataque, em resposta às ameaças do governo iraniano, que prometeu retaliar. A ação marca um novo estágio na escalada entre Washington e Teerã e aumenta a preocupação de potências globais diante de um possível conflito de grandes proporções no Oriente Médio.