Mercado reage a trégua comercial dos EUA e dólar fecha em queda

A suspensão parcial das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos trouxe um alívio temporário aos mercados emergentes e resultou na queda do dólar frente ao real. A medida, determinada por um tribunal de comércio norte-americano, interrompeu por 90 dias as sobretaxas aplicadas pela gestão de Donald Trump, abrindo espaço para negociações bilaterais. A trégua, no entanto, foi parcialmente revertida no fim do dia, com uma liminar que restabeleceu provisoriamente parte das tarifas.

No Brasil, a moeda norte-americana encerrou a quinta-feira (29) em queda, refletindo o ambiente mais favorável no cenário externo. Apesar disso, o mercado de ações apresentou volatilidade, encerrando o pregão com leve retração. O Ibovespa recuou 0,25% após alternar altas e baixas ao longo do dia, pressionado pela reativação parcial do tarifaço e pelas expectativas quanto à política monetária nacional.

Internamente, a divulgação da menor taxa de desemprego desde 2012 aumentou a percepção de que o Banco Central pode manter os juros elevados por mais tempo, como forma de conter a atividade econômica. A possibilidade de uma postura monetária mais rígida influenciou negativamente o comportamento da bolsa brasileira.

Outro ponto de tensão foi a indefinição sobre o futuro do IOF, após o Congresso Nacional decidir ampliar o prazo para discutir alternativas à elevação do imposto. Embora os fatores domésticos tenham contribuído para a cautela dos investidores, o alívio na tensão comercial global ajudou a conter movimentos mais acentuados de aversão ao risco no Brasil.

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