Mais de 20 animais são resgatados de canil clandestino em Manaus

A Secretaria de Estado de Proteção Animal (Sepet-AM) desarticulou, neste sábado (15/11), um canil clandestino no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus, resultando no resgate de mais de 20 animais mantidos em condições insalubres. Entre as espécies encontradas estavam cães das raças poodle, yorkshire, lulu-da-pomerânia, além de vira-latas, gatos, galinhas, codornas, um periquito e um coelho. A ação foi desencadeada após agentes identificarem uma mulher transportando cães em atitude suspeita nas proximidades do imóvel já investigado anteriormente.

Ao entrar na residência, as equipes encontraram um cenário de abandono e maus-tratos. Cães apresentavam sinais de doenças e desnutrição, um gato estava preso em uma pequena gaiola e o ambiente acumulava sujeira, comida estragada e até animais mortos. A secretária de Proteção Animal, Joana Darc, relembrou que o mesmo endereço havia sido alvo de intervenção em 2019. Segundo ela, o caso evidencia reincidência e reforça a importância da Lei Sansão, que ampliou as penas para crimes de maus-tratos.

A operação também contou com participação da Comissão de Proteção Animal da Câmara Municipal de Manaus, representada pelo vereador Aldenor Lima, e da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães). Para Joana Darc, a ação é um passo essencial para interromper ciclos de exploração animal.

“Tem animais colocados apenas para procriar. Vamos cumprir a lei e garantir que eles sejam atendidos com dignidade”, afirmou.

Todos os animais resgatados seguirão para atendimento no Hospital Público Veterinário do Amazonas e, após os trâmites legais, serão disponibilizados para adoção responsável. Segundo a Sepet-AM, os tutores interessados receberão os animais já castrados, vacinados e vermifugados. A secretaria reforçou ainda o alerta sobre os riscos da compra impulsiva de pets sem verificar a procedência, já que práticas clandestinas persistem alimentadas pela demanda.

Além da precariedade do local, as autoridades encontraram vestígios que indicam agravamento das condições desde a última intervenção em 2019, quando dezenas de animais domésticos e silvestres foram apreendidos. O caso agora segue para investigação detalhada, com apuração de possíveis crimes de maus-tratos reincidentes e responsabilização da suspeita envolvida.

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