Incêndio fecha Heathrow e causa caos aéreo na Europa

Reproduçao redes sociais

Um incêndio em uma subestação elétrica no oeste de Londres causou um apagão e forçou o fechamento do Aeroporto de Heathrow, o mais movimentado da Europa, nesta sexta-feira (21). Pelo menos 1.351 voos de chegada e partida foram cancelados, afetando até 145 mil passageiros, segundo o site de rastreamento Flightradar24. A polícia antiterrorismo investiga o incidente, mas, até o momento, não há indícios de ato criminoso.

O aeroporto permanecerá fechado até as 23h59 locais (20h59 em Brasília), informou um porta-voz de Heathrow. “Esperamos interrupções significativas nos próximos dias, e os passageiros não devem se dirigir ao aeroporto até que ele reabra”, alertou. O fechamento interrompeu um importante centro de conexões para o Reino Unido, Europa e o mundo, impactando 90 companhias aéreas que operam no terminal.

No momento do anúncio do fechamento, 120 aeronaves já estavam a caminho de Heathrow, forçando desvios para aeroportos alternativos, como Gatwick (Londres), Schiphol (Amsterdã) e Charles de Gaulle (Paris). Algumas companhias tiveram que cancelar voos antes mesmo da decolagem, enquanto outras precisaram retornar ao ponto de origem.

A British Airways, que tem Heathrow como hub principal, admitiu que o incidente causará “impacto significativo” em suas operações. A australiana Qantas precisou redirecionar voos para Paris, e a Korean Air adiou um voo para Londres em 22 horas. Nos aeroportos de origem, passageiros receberam suporte das companhias aéreas, incluindo hospedagem em hotéis e reacomodações.

A polícia metropolitana de Londres afirmou que, apesar da investigação estar sob a responsabilidade da unidade antiterrorismo, a principal hipótese segue sendo uma falha elétrica.

“Estamos trabalhando com os bombeiros de Londres para determinar a causa do incêndio”, disse a corporação em comunicado. O governo britânico classificou o episódio como “grave” e prometeu uma análise detalhada sobre falhas estruturais na segurança energética.

Especialistas questionam como um único incêndio conseguiu interromper completamente as operações de Heathrow. “Incêndios acontecem, mas não deveriam ser capazes de paralisar um aeroporto inteiro. Isso indica que os sistemas de backup são inadequados”, criticou Alan Mendoza, do centro de estudos Henry Jackson Society. Ele defende uma auditoria nacional para evitar recorrências em infraestruturas críticas.

Localizado a 25 quilômetros do centro de Londres, Heathrow foi inaugurado em 1946 e atualmente possui quatro terminais, sendo que os de número 2 e 4 seguem sem energia. A expectativa é que a situação se normalize nos próximos dias, mas passageiros já enfrentam atrasos e remanejamentos de última hora devido ao efeito cascata das suspensões de voos.

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