
O mundo do esporte e do entretenimento perdeu nesta quarta-feira (24) uma de suas figuras mais icônicas. Hulk Hogan, nome artístico de Terry Gene Bollea, morreu aos 71 anos em sua residência, em Clearwater, na Flórida (EUA), após sofrer uma parada cardíaca. A confirmação foi feita pela polícia local e pela World Wrestling Entertainment (WWE), organização que Hogan ajudou a transformar em um fenômeno global nos anos 1980.
Considerado o rosto da luta livre profissional durante mais de duas décadas, Hogan popularizou o estilo performático dos ringues com carisma, força e uma persona que conquistou milhões de fãs em todo o mundo. Ele protagonizou o primeiro WrestleMania, em 1985, venceu 12 campeonatos mundiais (seis pela WWE e seis pela WCW) e eternizou bordões como “Whatcha gonna do, brother?”. O lutador também teve carreira como ator, participando de filmes como Rocky III e Mr. Nanny, e estrelou um reality show de sucesso na TV americana.
Apesar do histórico de cirurgias e problemas de saúde, Hogan vinha se recuperando bem de uma delicada cirurgia no pescoço realizada em maio. A esposa, Sky Daily, relatou melhora em sua condição nas últimas semanas. No entanto, uma chamada de emergência às 9h51 da manhã desta quarta alertou os socorristas para um colapso repentino. Ele foi levado ao Morton Plant Hospital, onde foi declarado morto. A polícia não encontrou sinais de crime na residência.
Tributos emocionados tomaram conta das redes sociais. Ric Flair, amigo e rival nos ringues, destacou o legado de Hogan como “atleta extraordinário, pai amoroso e gigante da cultura pop”. A filha de Flair, Charlotte, também homenageou o veterano. A WWE, em nota oficial, reconheceu a contribuição “inestimável” de Hogan para a expansão mundial da franquia. Personalidades como Donald Trump Jr. e o senador JD Vance também se manifestaram, lembrando a influência do lutador como símbolo da cultura americana dos anos 1980 e 90.
Mesmo após escândalos — como o banimento temporário da WWE em 2015 por comentários racistas e o processo milionário contra o site Gawker —, Hogan foi reintegrado ao Hall da Fama e seguia como referência no universo do wrestling. Recentemente, havia anunciado planos para lançar uma nova liga de lutas, a Real American Freestyle. Deixa esposa, dois filhos e uma legião de fãs que ainda hoje ecoam seu grito de guerra: Hulkamania is forever.