Gol e Azul desistem de fusão e rompem codeshare no Brasil

Foto Aeroin

As companhias aéreas Gol e Azul confirmaram, na noite desta quinta-feira (25), o encerramento das negociações para uma possível fusão e também a rescisão do acordo de codeshare que vinha integrando suas operações no Brasil desde maio de 2024. Em comunicados ao mercado, ambas garantiram que todos os bilhetes já emitidos dentro da parceria continuarão válidos.

A iniciativa de união havia começado em janeiro, com a assinatura de um memorando de entendimentos entre a Azul e a Abra, controladora da Gol. No entanto, as conversas não avançaram. Segundo a holding, a Azul manteve o foco no processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, o que inviabilizou qualquer progresso em relação à fusão.

O fim das tratativas interrompe a expectativa de criação da maior companhia aérea do país, que poderia disputar diretamente a liderança da Latam no mercado doméstico. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), referentes a agosto, mostram a Latam na primeira posição, com 41,1% de participação, seguida pela Gol (30,1%) e pela Azul (28,4%).

No início de setembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia alertado as empresas sobre riscos de anúncios prematuros e solicitado formalização dos detalhes do codeshare. A expectativa inicial era que uma eventual operação conjunta pudesse ser avaliada e, possivelmente, implementada a partir de 2026.

Apesar do rompimento, as duas companhias destacaram o compromisso de seguir com seus planos individuais de recuperação financeira. Enquanto a Azul reportou lucro líquido de R$ 1,29 bilhão no segundo trimestre, revertendo perdas de 2024, a Gol reduziu prejuízos para R$ 1,5 bilhão e concluiu sua saída da recuperação judicial em junho.

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