O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024, impulsionado pelos setores de serviços e indústria. No entanto, para 2025, as projeções apontam desaceleração. Segundo o Boletim Focus, a expectativa é de um crescimento de apenas 2,01%. Entre os principais fatores que podem impactar a economia estão os juros elevados, o aumento do déficit público e os impactos de novas tarifas comerciais dos EUA.
O primeiro grande desafio é a política fiscal do governo. Os gastos públicos foram fundamentais para o crescimento recente, mas a falta de espaço no orçamento pode limitar novos estímulos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já anunciou cortes para equilibrar as contas, o que pode reduzir o consumo e a expansão econômica.
Outro ponto crítico é a taxa de juros. O Banco Central tem mantido a Selic elevada para conter a inflação, com previsão de que chegue a 15% em 2025. Isso encarece o crédito e desestimula investimentos, freando o crescimento econômico. Além disso, a inflação nos serviços segue alta, refletindo um mercado de trabalho aquecido e uma demanda que supera a capacidade produtiva do país.
No cenário externo, a política comercial dos Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, pode gerar impactos negativos. Novas tarifas sobre importações podem prejudicar as exportações brasileiras, principalmente de aço e alumínio. Além disso, um dólar valorizado pode encarecer produtos e insumos no Brasil, pressionando ainda mais a inflação.
Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade de medidas que equilibrem o ajuste fiscal sem comprometer o crescimento econômico. O mercado segue atento às decisões do governo e às condições internacionais, que podem ditar o ritmo da economia brasileira em 2025.
