
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE. É o menor índice desde o início da série histórica, em 2012. O país encerrou o período com 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente em mais de uma década, e alcançou o recorde de 102,4 milhões de trabalhadores ocupados.
O avanço do mercado formal foi destaque: o número de empregados com carteira assinada chegou a 39,1 milhões, também o maior já registrado. Com isso, a taxa de informalidade recuou para 37,8%, ainda que o total de trabalhadores sem vínculo tenha atingido 38,8 milhões de pessoas. O IBGE aponta que a queda reflete o crescimento mais acelerado do emprego formal em relação ao informal.
Três setores puxaram a geração de vagas no trimestre: administração pública, educação e saúde, com mais de 520 mil contratações; serviços profissionais e financeiros, com 260 mil; e atividades ligadas à agropecuária e pesca, que somaram 206 mil novos postos. A taxa de ocupação manteve-se em 58,8% da população em idade de trabalhar, também em patamar recorde.
No campo dos rendimentos, o trabalhador brasileiro teve média de R$ 3.484 no período, praticamente estável em relação ao trimestre anterior. Já a massa de rendimentos cresceu 2,5%, alcançando R$ 352,3 bilhões, sinalizando aumento do poder de compra agregado.
Segundo o IBGE, o cenário reforça a resiliência do mercado de trabalho e o ingresso efetivo de trabalhadores na economia, afastando o risco de desalento. Para analistas, a combinação de queda no desemprego, crescimento de empregos formais e estabilidade da renda indica que o mercado segue aquecido e com perspectivas positivas no curto prazo.