O mês de julho começa com a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 nas contas de energia elétrica em todo o país. A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reflete o aumento dos custos de geração, impulsionado pelo acionamento de termelétricas diante da redução no volume de chuvas e na recuperação dos reservatórios. Com isso, os consumidores pagarão uma taxa extra de R\$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
A medida, que já havia sido adotada em junho, evidencia um cenário de alerta no setor energético. Desde janeiro, o Brasil operava com bandeira verde, sem cobrança adicional. No entanto, a escassez hídrica registrada no início do período seco alterou a projeção inicial e forçou a mudança para o patamar mais elevado da cobrança. A previsão é que essa condição continue, ao menos, até agosto, caso os níveis dos reservatórios não se recuperem.
A bandeira vermelha significa que o custo de geração está acima do usual, e o consumidor precisa arcar com essa diferença. Termelétricas, mais caras e poluentes, têm sido acionadas com mais frequência para garantir o fornecimento de energia. A ANEEL recomenda que os brasileiros adotem hábitos de consumo mais conscientes para mitigar os impactos na fatura, como uso racional de eletrodomésticos e substituição de lâmpadas por modelos mais econômicos.
Com o aumento da tarifa, especialistas reforçam a importância de planejamento doméstico e empresarial para enfrentar os próximos meses. A expectativa de continuidade do período seco pode manter a bandeira vermelha em vigor, pressionando o orçamento das famílias e o custo da produção em setores que dependem fortemente da eletricidade.
A próxima atualização da bandeira tarifária será divulgada no fim de julho. Até lá, a recomendação é acompanhar os boletins da ANEEL e buscar formas de economizar. A crise hídrica volta a ser um fator determinante na gestão da matriz energética do país, e o consumidor mais uma vez sente os efeitos diretos no bolso.
