A violência entre Israel e Irã intensificou-se nos últimos quatro dias. Desde o início da ofensiva israelense na sexta-feira, as tropas do país atingiram várias instalações militares e nucleares iranianas, resultando em pelo menos 224 mortos no Irã — 90 % civis — e centenas de feridos. As forças israelenses afirmam ter eliminado altas patentes da Guarda Revolucionária e seu chefe de inteligência.
Em resposta, o Irã lançou sucessivas ondas de mísseis balísticos contra centro e norte de Israel. Apenas na madrugada de segunda‑feira (16 de junho), mais de 100 foguetes alvejaram Tel Aviv, Haifa e outras cidades, matando entre 5 e 8 pessoas e ferindo dezenas em cada ataque . O Ministério da Saúde israelense atualizou o número de vítimas para cerca de 24 mortos desde o fim de semana .
A comunidade internacional, reunida no G7, está alarmada com o risco de o conflito se expandir para uma guerra maior no Oriente Médio, podendo desestabilizar o mercado global de energia. Os Estados Unidos, apesar de negarem participação direta, mantêm estreito contato com Israel – Trump chegou a vetar uma operação contra o aiatolá Khamenei e alertou o Irã sobre possível retaliação severa a ataques contra interesses norte-americanos.
No aspecto diplomático, o Irã ameaça abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear e suspendeu negociações com os EUA em Omã. Em Israel, o ministro da Defesa Israel Katz disse que “os habitantes de Teerã pagarão o preço”, intensificando o clima de confrontação.
O horizonte permanece sombrio, com o conflito se mantendo em alta intensidade e sem sinal imediato de cessar-fogo. As partes seguem trocando ataques enquanto cresce o receio de efeitos colaterais graves para civis e para a estabilidade regional.
Com informações de
- elpais.com
- theguardian.com
- reuters.com
- time.com
