Um grande apagão atingiu Portugal e outros países da Europa na manhã desta segunda-feira (28), causando transtornos em aeroportos, hospitais e sistemas de transporte. A operadora Red Elétrica confirmou a falha na Espanha, enquanto a concessionária de energia portuguesa declarou que o blecaute afetou toda a Península Ibérica, além de parte da França e da Alemanha. Semáforos e linhas telefônicas ficaram inoperantes, e embarques nos aeroportos estão sendo feitos manualmente.
Em Portugal, cenas de caos se multiplicaram: passageiros ficaram presos em vagões de metrô e hospitais ativaram planos de emergência para manter áreas críticas funcionando com geradores. O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, foi um dos primeiros a adotar medidas emergenciais. O Instituto Nacional de Emergência Médica recomendou que os cidadãos só utilizem serviços de urgência em casos extremos, para evitar sobrecarga.
As autoridades portuguesas investigam a possibilidade de um ataque cibernético como causa do apagão. O ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, afirmou que a escala do problema é compatível com uma ação cibernética, embora a hipótese ainda não tenha sido confirmada. Um grupo de trabalho foi criado pelo governo para acompanhar a crise, enquanto o Centro Nacional de Cibersegurança analisa o incidente.
Na Espanha, o blecaute afetou cidades como Madri, Sevilha e Málaga. O governo espanhol ativou planos emergenciais e reforçou o fornecimento de energia em parceria com empresas do setor. Em Madri, o apagão impactou até o esporte: uma partida do Madrid Open de Tênis foi interrompida após uma falha elétrica parar o equipamento de transmissão no meio do jogo.
Diante da gravidade da situação, as forças de segurança foram mobilizadas para apoiar a população, principalmente no controle do trânsito e no resgate de pessoas presas em elevadores. Enquanto as investigações continuam, cresce a preocupação sobre a vulnerabilidade das infraestruturas críticas europeias a ataques cibernéticos em larga escala.
