
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que terá no domingo uma conversa direta com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tratar do fim da guerra com a Rússia, colocando as disputas territoriais — principal entrave das negociações — no centro do debate. Segundo o ucraniano, decisões relevantes podem ser tomadas antes do Ano Novo, em meio à pressão de Washington por um acordo de paz.
Zelensky afirmou que pretende discutir temas considerados “sensíveis”, como a região de Donbas e a usina nuclear de Zaporizhzhia, hoje sob controle russo. O líder ucraniano tenta convencer Trump a abandonar uma proposta norte-americana que prevê a retirada completa das tropas ucranianas de Donbas, região estratégica no leste do país e foco do conflito desde 2014.
Caso não obtenha uma posição firme dos Estados Unidos contra concessões territoriais, Zelensky admite submeter um plano de paz de 20 pontos a um referendo nacional, desde que a Rússia aceite um cessar-fogo de 60 dias. Moscou, por sua vez, exige que Kiev se retire inclusive de áreas de Donetsk não ocupadas por tropas russas, buscando o controle total de Donbas.
As negociações também envolvem a possibilidade de criação de uma zona econômica livre nas áreas deixadas pela Ucrânia, proposta ainda sem detalhes claros. Para Zelensky, qualquer decisão sobre território precisa passar pela aprovação popular, enquanto a guerra segue travada nas atuais linhas de frente e mantém a Europa diante de seu conflito mais letal desde a Segunda Guerra Mundial.









