
A União Europeia (UE) convocou, nesta quinta-feira (28), o enviado especial da Rússia em Bruxelas para exigir explicações sobre o ataque noturno em Kiev que danificou as instalações da delegação europeia na capital ucraniana. O episódio ampliou a tensão diplomática entre o bloco e Moscou, em meio à escalada de ataques aéreos contra alvos civis.

“Uma missão diplomática jamais deve ser um alvo. Em resposta, chamamos o enviado russo a Bruxelas”, declarou a alta representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, em mensagem publicada nas redes sociais. Apesar da gravidade da ofensiva, a delegação europeia informou que todos os funcionários estão em segurança.
De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o ataque integra uma série de bombardeios “implacáveis” que deixaram pelo menos 12 mortos e 48 feridos na madrugada, após o lançamento de 629 drones e mísseis contra o território ucraniano. “A Rússia deve cessar imediatamente os seus ataques indiscriminados contra infraestruturas civis e participar nas negociações para uma paz justa e duradoura”, afirmou.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, também condenou a ofensiva, classificando-a como uma ação “deliberada” contra civis e contra o corpo diplomático da União Europeia. Para Bruxelas, o episódio representa não apenas um ataque à Ucrânia, mas uma violação direta das normas internacionais que regem a proteção de missões diplomáticas em zonas de conflito.