O governo do presidente Donald Trump lançou nesta segunda-feira (5) um programa que promete pagar US$ 1.000 (cerca de R$ 5,6 mil) a imigrantes em situação irregular que optarem por deixar voluntariamente os Estados Unidos. A iniciativa também oferece passagens custeadas pelo governo e retira o nome dos inscritos da lista de detenção do Departamento de Imigração.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, classificou a medida como “a forma mais segura e econômica” para imigrantes ilegais evitarem a prisão e retornarem aos seus países de origem. Os interessados deverão se inscrever por meio do aplicativo CBP Home, usado por estrangeiros para solicitar vistos e asilo.
Segundo o governo, o pagamento será feito somente após a confirmação de que o indivíduo desembarcou no país de origem. O valor é individual e não contempla grupos familiares. Apenas estrangeiros que vivem ilegalmente nos EUA podem participar. O prazo estimado para o retorno é de até 21 dias após a aprovação da solicitação.
Além de ser apresentada como oportunidade para os imigrantes, a ação visa aliviar os cofres públicos. O custo médio de uma deportação forçada nos EUA gira em torno de US$ 17 mil por pessoa. Com o novo modelo, a estimativa oficial é de redução de até 70% nas despesas com remoções.
Inspirado em programas já existentes na Europa, o sistema de “retorno voluntário” foi adotado como resposta à crescente pressão do governo Trump por endurecimento das políticas migratórias. O primeiro participante do programa foi um cidadão hondurenho, que partiu de Chicago neste início de semana.
