
Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o leste do Afeganistão na madrugada desta segunda-feira (1º, horário local) e deixou ao menos 812 mortos e mais de 2,8 mil feridos, segundo dados oficiais. O tremor ocorreu na província de Kunar, região montanhosa e de difícil acesso próxima à fronteira com o Paquistão, historicamente marcada por abalos sísmicos e enchentes.
Equipes de resgate enfrentam grandes desafios para chegar aos vilarejos atingidos, onde casas de barro desabaram e comunidades inteiras foram destruídas. Com estradas bloqueadas e infraestrutura precária, os trabalhos de busca se concentram em retirar sobreviventes dos escombros, muitas vezes com a ajuda de moradores locais. O governo afegão reconheceu que o número de mortos pode aumentar nas próximas horas, à medida que novas áreas são alcançadas.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Sharafat Zaman, fez um apelo urgente por ajuda internacional, afirmando que os recursos do país são limitados para responder a uma tragédia dessa dimensão. O Talibã declarou que “todos os meios disponíveis” estão sendo mobilizados para salvar vidas. A ONU informou que suas agências já atuam em pelo menos quatro províncias afetadas, fornecendo suporte logístico e médico às equipes locais.
A devastação reacende o alerta para a vulnerabilidade do Afeganistão diante de catástrofes naturais. Em meio a instabilidade política e dificuldades humanitárias, o país volta a depender do apoio externo para enfrentar uma das maiores tragédias recentes de sua história.