
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, elevou o tom nesta quarta-feira (18) e prometeu retaliação em caso de ataques dos Estados Unidos. A declaração acontece em meio ao avanço do conflito com Israel, que já dura seis dias e ultrapassa a marca de 500 mortos entre civis e militares, segundo estimativas oficiais e fontes independentes.
As Forças de Defesa de Israel intensificaram a ofensiva, com foco declarado em destruir infraestruturas nucleares iranianas. Tel Aviv também atacou a sede da TV estatal do Irã durante uma transmissão ao vivo, o que foi interpretado por Teerã como uma tentativa de desestabilizar o país internamente. Em resposta, o Irã lançou novos mísseis contra cidades israelenses, incluindo Jerusalém, Haifa e Tel Aviv.
EUA sob pressão: Trump sinaliza possível envolvimento
Nos bastidores, cresce a pressão para que os Estados Unidos assumam um papel direto no conflito. Donald Trump, que voltou a influenciar as decisões estratégicas de Washington, disse que “a paciência americana está no fim”, mas ainda não autorizou uma ação militar direta. Israel, por sua vez, defende a participação americana para atacar bunkers subterrâneos iranianos, que só podem ser destruídos com armamentos dos EUA.
G7 tenta intervir, mas falha em conter escalada
Líderes do G7 assinaram uma declaração conjunta pedindo contenção e diálogo, mas sem efeito prático imediato. A diplomacia internacional tem enfrentado resistência de ambos os lados, especialmente após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmar que não descarta ordenar a morte do próprio Khamenei — uma fala considerada explosiva e sem precedentes na crise.
Risco de guerra regional aumenta
Com o Oriente Médio em alerta máximo, especialistas alertam que o conflito pode ultrapassar as fronteiras de Israel e Irã, envolvendo países aliados e ameaçando rotas estratégicas do petróleo. O uso do termo “crimes de guerra” por autoridades iranianas e o crescente número de mortos alimentam preocupações sobre uma possível intervenção global.