
A conselheira-presidente Yara Amazônia Lins iniciou, neste 1º de dezembro, seu novo biênio à frente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), consolidando uma trajetória de liderança que alcança agora sua terceira gestão. A cerimônia marcou não apenas uma recondução, mas também o anúncio de um ciclo institucional voltado a maior atenção às demandas sociais, respostas mais ágeis e presença ampliada nos espaços onde a administração pública acontece. Segundo ela, o Tribunal inicia uma fase em que busca unir tradição e inovação para enfrentar as complexidades do Estado.
Ao apresentar as diretrizes que irão orientar o biênio 2026–2027, Yara Lins destacou três pilares estruturantes: celeridade, concomitância e inteligência. A celeridade vem como resposta ao ritmo exigido pela sociedade; a concomitância permitirá que o controle externo acompanhe as políticas públicas em andamento, antecipando soluções; e a inteligência reforçará o uso de dados, tecnologia e especialização técnica para produzir decisões mais consistentes.
“As instituições precisam entregar respostas concretas. Confiança se constrói com transparência e compromisso diário”, afirmou a presidente.
A ampliação da presença institucional será sentida logo no início da gestão com o “Focogestão”, projeto que reorganiza auditorias e fiscalizações em uma dinâmica contínua. A proposta substitui ciclos isolados por atuação articulada, aproximando equipes da execução das políticas públicas e permitindo ajustes antes que problemas se tornem críticos. No interior, o “Aproxima TCE – Interiorização, Educação e Governança em Contas Públicas” irá fortalecer redes permanentes de cooperação com municípios, levando orientação técnica e ampliando o acesso da população ao controle das contas públicas.
No eixo da eficiência, o Tribunal implementará o “Decisão Ágil Amazonas”, que cria critérios de priorização com base no impacto social de cada processo. A iniciativa busca aumentar a previsibilidade dos julgamentos e reforçar a transparência. Paralelamente, o “Integra Contas-AM” será responsável por padronizar entendimentos plenários, reduzindo incertezas e aprimorando a coerência jurisprudencial da Corte. A gestão também avança no cuidado com servidores por meio do “Otimiza AM — Instrução Massiva de Aposentadorias”, que aprimora triagens e instruções para dar mais segurança a processos sensíveis.
Com esses pilares definidos, o TCE-AM se reposiciona para o próximo biênio: não apenas como órgão sancionador, mas como instituição que previne, orienta, educa e intervém com maturidade técnica antes que danos se tornem irreversíveis. A nova presidência reafirma um Tribunal que observa de perto, participa do fluxo da administração pública e mantém firme o compromisso com o interesse público e a qualidade da gestão em todo o Amazonas.