O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, defendeu a criação de um plano estruturado para enfrentar os baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) no estado, especialmente em 11 municípios que figuram entre os piores do país. A proposta foi apresentada em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (3/12), onde ele classificou a situação como “uma grande vergonha” e reiterou que elevar o IDH será o primeiro de dez compromissos públicos construídos com base em indicadores sociais e econômicos prioritários.
Tadeu destacou que a melhoria do IDH será tratada como foco central em uma eventual gestão à frente do Estado. Ele afirmou que é inaceitável que tantas cidades amazonenses estejam entre as mais vulneráveis do Brasil e que nenhuma região pode ser excluída do planejamento governamental. O IDH mede renda per capita, expectativa de vida e escolaridade, revelando desigualdades históricas no interior.
Atalaia do Norte, no Alto Solimões, hoje ocupa a terceira pior posição nacional em desenvolvimento humano, segundo dados da ONU. Um levantamento aponta que, entre os 69 municípios com menor IDH no país, 11 estão no Amazonas. Os dados reforçam a necessidade de revisão nas políticas públicas aplicadas em regiões remotas, onde os desafios são ampliados por distâncias geográficas e dificuldades logísticas.
Para o vice-governador, é urgente “um plano de transformação total” capaz de elevar a qualidade de vida e reduzir a desigualdade regional. Ele defende que ações voltadas à educação, saúde, economia básica e infraestrutura devem ser tratadas com prioridade. Tadeu avalia que cada território do Amazonas possui características próprias que precisam ser consideradas na formulação de políticas.
O vice-governador reforçou também que mudanças estruturais exigem metas objetivas e resultados monitoráveis. Segundo ele, o planejamento deverá incorporar indicadores de impacto real na vida das pessoas, com metas de curto prazo e soluções integradas entre Estado, governo federal e municípios.
Primeiro na linha de sucessão do Executivo estadual, Tadeu afirmou estar elaborando um planejamento estratégico para o caso de assumir o governo em 2026, diante de possível desincompatibilização do atual governador. O lema que resume sua proposta — “fazer o que ninguém fez, fazer por quem ninguém faz, fazer muito em pouco tempo” — foi apresentado como compromisso público.
Independente da configuração administrativa, o vice-governador afirmou que colocará o planejamento à disposição do governo e da sociedade. A intenção, segundo ele, é contribuir com soluções permanentes e sustentáveis para o futuro do Amazonas.
Tadeu citou ainda a continuidade e o fortalecimento de políticas já existentes, como programas sociais do Estado, entre eles o Prato Cheio e o Auxílio Estadual Permanente. Para ele, avanços precisam partir da base social para alcançar resultados duradouros, com foco na redução das desigualdades e aumento do desenvolvimento humano em todo o território amazonense.
