
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para março o julgamento da ação penal contra os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE), acusados de cobrar propina para liberar emendas parlamentares. A decisão foi definida pelo ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma, após o relator Cristiano Zanin liberar o processo para apreciação.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a condenação dos investigados por corrupção passiva e organização criminosa. Segundo a denúncia, entre janeiro e agosto de 2020, o grupo teria solicitado R$ 1,6 milhão em propina para garantir o repasse de R$ 6,6 milhões em emendas à saúde do município de São José de Ribamar (MA). O esquema foi revelado pelo então prefeito Eudes Sampaio.
As investigações apontam que os parlamentares exigiam o retorno de 25% dos valores liberados, com pagamentos supostamente intermediados por comparsas. O caso é considerado o mais avançado entre os processos que apuram irregularidades envolvendo emendas no STF.
As defesas negam as acusações. Maranhãozinho classificou a denúncia como “frágil”, enquanto os advogados de Bosco Costa afirmam que não há provas diretas. A equipe de Pastor Gil alega ilegalidade na coleta de evidências e diz que o caso deveria ter iniciado no STF, e não na Justiça Federal do Maranhão.