
O Amazonas importou US$ 6,97 bilhões nos primeiros cinco meses de 2025, consolidando o bom momento do comércio exterior estadual e indicando forte atividade industrial. O número representa um crescimento de 1,66% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
A maior parte desse volume, cerca de 87%, refere-se à compra de bens intermediários — insumos utilizados na fabricação de produtos finais, especialmente no Polo Industrial de Manaus. Para o assessor econômico da Sedecti, Alcides Saggioro, o dado é um indicativo claro da intensidade produtiva da indústria local e aponta para uma expectativa de crescimento nas vendas nos próximos meses.
Entre os produtos mais importados estão peças e componentes eletrônicos usados na montagem de eletrodomésticos, motocicletas, celulares e televisores. Além dos bens intermediários (US$ 6,07 bilhões), o estado também registrou a entrada de bens de capital (US$ 416,3 milhões), combustíveis e lubrificantes (US$ 366,1 milhões) e bens de consumo (US$ 118,7 milhões).
A análise mês a mês mostra estabilidade na dominância dos bens intermediários, com abril registrando o maior percentual do ano (89,41%). Já os bens de consumo atingiram seu pico em maio (2,21%) e os combustíveis se destacaram em janeiro (7,08%). A consistência dos dados reforça o papel central da indústria no desempenho das importações.
Com um histórico crescente nos últimos anos — US$ 16,1 bilhões em 2024 e US$ 12,6 bilhões em 2023 —, o Amazonas pode novamente bater recorde em 2025, caso mantenha o ritmo atual. A forte demanda por insumos industriais mantém o estado como um dos protagonistas nacionais no comércio internacional.