O Brasil sofreu uma derrota apertada nesta terça-feira à noite em Tóquio: o Japão venceu por 1 a 0 o amistoso entre as seleções, confirmando desequilíbrios que vêm sutilmente se acumulando na nova era do futebol brasileiro. Apesar de amistoso, o encontro traz indícios reveladores sobre a identidade e limitações que a equipe ainda precisa superar.
Desde o primeiro tempo o time japonês impôs ritmo intenso, alternando ataques rápidos e transições bem coordenadas, em contraste com uma Seleção que, apesar de talentosa individualmente, apresentou dificuldade para organizar a construção de jogo. Os brasileiros tentaram responder pelo meio-campo, mas encontraram bloqueios consistentes e faltou fluidez nos movimentos ofensivos.
O único gol da partida saiu ainda no segundo tempo, numa falha de marcação no setor defensivo e aproveitamento intenso do contra-ataque japonês. A despeito de algumas substituições ofensivas promovidas pela comissão técnica, o Brasil não conseguiu reverter o quadro. O cronograma de amistosos e competições oficiais se aproxima, e essa partida pode servir de alerta para ajustes imediatos.
A derrota no Japão expõe pontos vulneráveis da Seleção — sobretudo na compactação entre setores (meio e ataque), inconsistência defensiva contra transições adversárias e dificuldades em espaços reduzidos. Se a equipe pretende brigar por títulos, será necessário alinhar melhor conceitos táticos com o talento técnico dos jogadores convocados.
