Os saques das cadernetas de poupança voltaram a superar os depósitos em julho, registrando um saldo negativo de R$ 6,25 bilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Banco Central (BC). No período, foram depositados R$ 363,57 bilhões, enquanto as retiradas chegaram a R$ 369,82 bilhões.
Apesar do movimento, os rendimentos creditados no mês somaram R$ 6,47 bilhões, mantendo o saldo total da poupança pouco acima de R$ 1 trilhão. O resultado interrompeu a trajetória observada em junho, quando os depósitos superaram os saques em R$ 2,12 bilhões.
No acumulado de 2025, o cenário segue negativo: de janeiro a julho, as retiradas superaram os depósitos em R$ 55,9 bilhões. O desempenho é mais desfavorável do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o saldo negativo em julho foi de R$ 908,6 milhões.
Entre os fatores que explicam a tendência, economistas apontam a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, que tem estimulado a migração de recursos para investimentos com maior rentabilidade, como títulos públicos e renda fixa atrelada ao CDI.
