A Corrida Internacional de São Silvestre alcança hoje, 31 de dezembro de 2025, um marco histórico ao realizar sua centésima edição com recorde de participação. Mais de 50 mil atletas ocupam as ruas de São Paulo nesta manhã, transformando a tradicional prova em uma grande celebração esportiva e popular que encerra o ano na capital paulista.
Criada em 1925 pelo jornalista Cásper Líbero, inspirado em uma corrida noturna que assistiu em Paris, a São Silvestre nasceu como um evento simbólico para marcar o último dia do ano. A primeira edição contou com pouco menos de 50 corredores e um percurso de 8,8 quilômetros. Cem anos depois, a prova se consolidou como a corrida de rua mais tradicional do país e uma das mais conhecidas do mundo.
Ao longo das décadas, a São Silvestre se reinventou, abriu espaço para atletas internacionais, ampliou categorias e tornou-se cada vez mais democrática. Hoje, além das elites masculina e feminina, a largada inclui atletas amadores, pessoas com deficiência, cadeirantes e corredores de todas as idades, refletindo o caráter inclusivo que marca a história recente do evento.
A prova também é marcada por personagens que se tornaram ídolos nacionais, como José João da Silva, Marilson Gomes dos Santos e Maria Zeferina Baldaia, cujas trajetórias se confundem com a própria memória afetiva da corrida. Histórias de superação, origem humilde e identificação popular ajudaram a transformar a São Silvestre em muito mais do que uma competição esportiva.
Mais do que disputar posições, milhares de participantes correm hoje para celebrar conquistas pessoais, fechar ciclos e iniciar um novo ano em movimento. Ao completar 100 edições neste 31 de dezembro, a São Silvestre reafirma seu papel como símbolo de resistência, diversidade e encontro coletivo, mantendo viva uma tradição que atravessa gerações e segue renovando significados na virada do calendário.
