Rússia lança ataque mais mortal do ano a Kiev e deixa 16 mortos

Recorte de Tela - transmissão G1

A Rússia lançou, nesta terça-feira (17), o ataque mais letal do ano contra a capital da Ucrânia, Kiev, com uma ofensiva aérea de grandes proporções que deixou ao menos 16 mortos e 124 feridos. O bombardeio atingiu dezenas de locais na cidade, incluindo prédios residenciais, escolas e infraestrutura essencial. Um edifício de nove andares foi parcialmente destruído no distrito de Solomianskyi, transformando parte da estrutura em escombros.

Segundo as autoridades ucranianas, o ataque envolveu o lançamento de 440 drones e 32 mísseis, em ondas sucessivas durante a madrugada. O presidente Volodymyr Zelenskiy classificou a ofensiva como “puro terrorismo” e voltou a cobrar uma resposta mais firme da comunidade internacional. “Putin faz isso porque pode se dar ao luxo de continuar a guerra. É hora de os países civilizados responderem aos terroristas como devem”, declarou o líder ucraniano.

Equipes de emergência trabalharam ao longo do dia no resgate de sobreviventes e no controle de incêndios. Um cidadão norte-americano de 62 anos está entre os mortos em Kiev, segundo o prefeito Vitali Klitschko. Uma outra vítima fatal foi registrada em Odessa, cidade portuária no sul do país. Em reação aos ataques, a Ucrânia lançou drones contra alvos em território russo, embora sem causar danos significativos.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que os ataques visaram alvos do complexo militar-industrial ucraniano, tanto na região de Kiev quanto na província de Zaporizhzhia. A ofensiva foi conduzida com o uso de mísseis e drones disparados por meios aéreos, terrestres e navais. Moscou também disse ter interceptado 147 drones ucranianos, incluindo na região de Moscou, durante a mesma noite.

Como forma de homenagear as vítimas e alertar a população, a Ucrânia declarou o dia 18 de junho como data oficial de luto nacional. Em meio à escalada de violência, crescem os apelos por maior envolvimento dos aliados ocidentais na defesa do território ucraniano, diante de uma guerra que ultrapassa os dois anos e continua devastando vidas civis.