Roubo no Louvre: joias de Napoleão desaparecem em assalto relâmpago

Jóias de Napoleão. Museu do Louvre. Foto Reprodução Wikipedia

Paris (França) – O Museu do Louvre foi palco, na manhã deste domingo (19), de um dos roubos mais ousados das últimas décadas na Europa. Um grupo de criminosos invadiu o museu logo após a abertura e fugiu com joias pertencentes à coleção de Napoleão Bonaparte. O incidente provocou o fechamento imediato do local “por motivos excepcionais”, conforme comunicado divulgado pela direção do museu nas redes sociais.

A ministra francesa da Cultura, Rachida Dati, confirmou que não houve feridos e que as investigações estão em andamento.

“Estou no local ao lado das equipes do museu e da polícia”, afirmou. Uma das peças furtadas — a coroa da Imperatriz Eugénie — foi posteriormente encontrada nas imediações do Louvre, segundo informou o jornal Le Parisien.

De acordo com o ministro do Interior, Laurent Nuñez, o assalto durou apenas sete minutos, entre 9h30 e 9h40. Os criminosos, descritos como “três ou quatro indivíduos”, chegaram de patinete, usaram um elevador de carga e quebraram janelas para acessar a galeria Apollon, onde estavam expostas as joias de Napoleão. Eles fugiram em uma scooter TMax, levando peças de “valor incalculável”.

As autoridades francesas acreditam que o grupo envolvido já era conhecido das forças de segurança por crimes semelhantes na capital. A operação meticulosa e o alvo simbólico reacenderam o debate sobre a segurança dos museus históricos da França, especialmente aqueles que abrigam relíquias de alto valor cultural.

O roubo das joias de Napoleão atinge em cheio o imaginário francês e a história europeia. As peças, símbolos do poder imperial e da estética do século XIX, fazem parte de um acervo que testemunha a ascensão e a queda do imperador que redefiniu a França moderna. O caso remete a outros episódios de furtos em museus europeus, reforçando a vulnerabilidade do patrimônio histórico diante de quadrilhas especializadas.

Enquanto o Louvre permanece fechado, a França acompanha com apreensão o desenrolar das investigações. O furto de joias de Napoleão não é apenas uma perda material, mas um golpe simbólico contra a memória de um dos períodos mais marcantes da história mundial.