Papa Francisco reaparece em público e admite fragilidade após internação

Recorte de Tela Vatican news

O papa Francisco fez neste domingo (6) sua primeira aparição pública desde que recebeu alta hospitalar, há duas semanas. A presença do pontífice, em cadeira de rodas e com suporte de oxigênio, surpreendeu fiéis que acompanhavam a missa dominical na praça São Pedro, no Vaticano. Ele saudou a multidão com um breve “bom domingo a todos” e recebeu aplausos ao cruzar o corredor central montado para a celebração, conduzida por bispos.

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A participação do papa não estava prevista. O Vaticano havia informado que a primeira aparição oficial de Francisco ocorreria apenas em 20 de abril, durante a tradicional bênção pascal “urbi et orbi”. O retorno inesperado emocionou os presentes e marcou simbolicamente sua gradual retomada à rotina religiosa, após enfrentar complicações de saúde.

Francisco passou cinco semanas internado no hospital Gemelli, em Roma, por conta de uma pneumonia que afetou ambos os pulmões. Segundo os médicos, a doença comprometeu sua voz e exigiu tratamento intensivo com oxigênio de alto fluxo. Embora esteja curado da infecção, o papa ainda exige cuidados, como sessões de fisioterapia respiratória e restrição a grandes aglomerações.

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Logo após a missa, o pontífice usou as redes sociais para compartilhar um desabafo:

“Neste momento da minha vida, compartilho com os doentes a experiência da enfermidade, de me sentir frágil e depender dos outros para tantas coisas”. A mensagem repercutiu entre fiéis e líderes religiosos como sinal de humildade e proximidade com os mais vulneráveis.

O Vaticano informou que a presença de Francisco neste domingo se deu durante a peregrinação jubilar “dos doentes e do mundo da saúde”, o que reforça o caráter simbólico do retorno, associando sua recuperação à causa dos enfermos.

Desde fevereiro, Francisco havia reduzido suas atividades por conta dos problemas respiratórios. Na ocasião, precisou de auxílio para que outro clérigo lesse seu sermão. Com a alta hospitalar, os médicos recomendaram dois meses de repouso e uma rotina mais calma, evitando esforços e contato com novos vírus.

Apesar das limitações, o papa demonstrou disposição ao acenar e conversar com fiéis na praça. Do palco, ficou visivelmente emocionado com a recepção calorosa. A recuperação completa da voz ainda não tem prazo definido, mas sua presença pública renova as esperanças quanto à saúde do líder da Igreja Católica.

Segundo a equipe médica, o pontífice deve retomar aos poucos suas funções, com foco em preservar sua saúde. O momento marca não só o retorno físico ao Vaticano, mas também o fortalecimento espiritual de quem, mesmo fragilizado, permanece à frente de sua missão.