
O Rio de Janeiro viveu, nesta terça-feira (28), um dos dias mais violentos de sua história. Uma megaoperação das forças de segurança do estado contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha resultou em 64 mortos — entre eles, quatro policiais — e 81 presos. Segundo o Palácio Guanabara, trata-se da ação mais letal já registrada no estado.
A ofensiva, que faz parte da Operação Contenção, mobilizou cerca de 2.500 agentes para cumprir 100 mandados de prisão. Logo nas primeiras horas da manhã, as forças policiais enfrentaram intensa resistência de criminosos fortemente armados. Vídeos registraram centenas de disparos e colunas de fumaça sobre as comunidades, enquanto traficantes erguiam barricadas e usavam drones para lançar explosivos.
Durante a tarde, a cidade mergulhou em caos. Em represália, facções ordenaram bloqueios em importantes vias — entre elas, a Linha Amarela, a Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier. O Centro de Operações e Resiliência elevou o nível de alerta da cidade, e o governo estadual determinou a suspensão de atividades administrativas para reforçar o policiamento nas ruas.
Além dos mortos e presos, três civis ficaram feridos por balas perdidas. A operação apreendeu 75 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas. Escolas e unidades de saúde foram fechadas, e moradores enfrentaram horas de pânico em meio a tiroteios e bloqueios. O governo estadual afirmou que as ações de contenção ao tráfico continuarão em todo o Grande Rio, mesmo diante da escalada da violência.









