
A Operação Codajás, responsável por garantir o abastecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP) em períodos de seca na Amazônia, completou 30 anos neste mês. A iniciativa, conduzida pela Petrobras em parceria com a Transpetro, assegura que o gás de cozinha chegue a comunidades do Norte, especialmente no Amazonas, mesmo em cenários críticos de navegabilidade. Somente entre setembro e outubro, mais de 60 mil toneladas de GLP e 129 mil m³ de petróleo foram escoados a partir do terminal de Solimões, em Urucu/Coari.
O trabalho envolve monitoramento diário dos rios na região, com apoio técnico da Marinha, garantindo o transporte mesmo em trechos de baixa profundidade. Este ano, quatro navios foram mobilizados, dois deles operados pela Transpetro, com manobras realizadas integralmente em Manaus — resultado da manutenção das condições de navegação nos pontos críticos. Em 2024, durante a maior seca em 74 anos, a operação transportou mais de 16 mil toneladas de GLP para o estado.
Além do GLP, o escoamento do petróleo e gás natural fortalece a segurança energética da região, uma vez que o gás abastece termelétricas que garantem energia para mais de 50% do Amazonas. O diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Jones Soares, destaca que, ao longo das três décadas, a operação evoluiu com soluções tecnológicas adaptadas às variações dos rios amazônicos.
“Seguimos prontos para assegurar o suprimento sem interrupções”, afirmou.
A continuidade da Codajás reforça o papel estratégico da Amazônia no mapa energético do país e evidencia a importância de investimentos permanentes na logística fluvial — vital para o Norte, onde comunidades dependem dos rios como principal via de transporte e acesso a insumos básicos.