As sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o Irã serão restabelecidas neste sábado (27), após o Conselho de Segurança rejeitar uma proposta da Rússia e da China para adiar a medida. A decisão foi confirmada pela embaixadora do Reino Unido na ONU, Barbara Wood, que destacou não haver garantias de avanço diplomático imediato.
O processo de “snapback”, previsto na resolução 2231 de 2015, foi acionado pelas potências europeias — Reino Unido, França e Alemanha — que acusam Teerã de descumprir compromissos do acordo nuclear firmado há uma década. As medidas voltam a valer às 20h, no horário de Nova York, reativando todas as restrições previstas no pacto.
A votação terminou com nove votos contrários, quatro favoráveis e duas abstenções, enterrando a tentativa russa e chinesa de prorrogar as negociações por mais seis meses. O resultado aumentou a pressão diplomática sobre o governo iraniano, que já havia advertido que responsabilizaria o Ocidente por eventuais consequências da decisão.
Apesar do endurecimento das sanções, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o país não pretende deixar o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Segundo ele, Teerã seguirá negando qualquer interesse em desenvolver armas nucleares e estaria disposto a manter transparência sobre seu programa de enriquecimento de urânio.
