No Mirante Lucia Almeida, Manaus encara o rio de frente e com dignidade

O mirante Lúcia Almeida, no Centro de Manaus, passou de cenário de abandono para ponto turístico requalificado e símbolo de um novo olhar sobre o impacto das cheias do rio Negro. Localizado na avenida 7 de Setembro, o espaço proporciona uma vista segura do fenômeno natural e se tornou um marco do programa “Nosso Centro”, voltado à recuperação da área histórica da capital.

Em meio à subida das águas em 2025, com o nível do rio já acima dos 28,70 metros, o local ganhou novo significado. A estrutura moderna e acessível é reflexo de uma política urbana voltada não só ao embelezamento, mas à convivência segura com eventos naturais recorrentes. O mirante também impulsiona o comércio local e abre espaço para o turismo, com atrações como o Pier Manaus 355 e a exposição do navio-patrulha da Marinha.

A cheia deste ano já afeta diversos bairros, e a prefeitura vem atuando com medidas preventivas como construção de pontes, entrega de kits de madeira, serviços emergenciais e apoio direto às famílias atingidas. As ações são coordenadas por equipes da Defesa Civil e outras secretarias, com foco na mobilidade, segurança e amparo social.

A valorização do mirante também representa um resgate do patrimônio urbano. O antigo prédio da Ceam, deteriorado durante a cheia de 2021, hoje abriga um espaço que celebra a história, favorece o convívio e possibilita que a população contemple a cheia de maneira digna. Ao unir memória e resposta prática, o local se consolida como símbolo de resiliência frente aos desafios climáticos da cidade.

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