
O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin morreu aos 93 anos, na madrugada deste domingo (20), em São Paulo. O falecimento foi confirmado pela CBF, que não divulgou a causa da morte. Marin presidiu a entidade entre 2012 e 2015, período marcado por polêmicas dentro e fora dos campos.
Político nos tempos da ditadura, Marin chegou a ser governador de São Paulo em 1982, antes de se projetar como dirigente esportivo. No futebol, seu nome ganhou repercussão internacional em 2015, quando foi preso na Suíça, acusado de participar de um esquema bilionário de corrupção na Fifa.
Acabou extraditado para os Estados Unidos, onde foi condenado a quatro anos de prisão por crimes financeiros, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O ex-cartola ficou marcado também por episódios controversos, como o caso da medalha “guardada no bolso” na final da Copa São Paulo de 2012 — episódio que virou símbolo da sua trajetória polêmica no futebol. Em 2019, foi banido para sempre pela Fifa após condenação no Comitê de Ética. Retornou ao Brasil em 2020, após cumprir a pena nos EUA.
A morte de Marin encerra a trajetória de um dos dirigentes mais controversos da história do futebol brasileiro, cuja passagem pela CBF ficou marcada mais pela corrupção e escândalos do que por conquistas esportivas.