Morre Giorgio Armani, ícone da moda e pioneiro do luxo global

Foto: https://pt.wikipedia.org/wiki/Armani

O mundo da moda perdeu nesta quinta-feira (4/9) um de seus maiores ícones. Giorgio Armani, estilista italiano reconhecido internacionalmente e fundador da grife que leva seu nome, morreu em Roma, aos 91 anos. Considerado um pioneiro no universo do luxo, Armani consolidou sua marca como referência em sofisticação e elegância, com presença em áreas como música, esportes e hotelaria.

Nascido em Placência, na região da Emília-Romanha, Armani iniciou a carreira de forma inusitada. Estudou medicina por dois anos, mas, após cumprir serviço militar, ingressou no mundo da moda trabalhando como vitrinista em uma loja de departamentos. O talento logo se destacou, e ele ganhou notoriedade ao atuar na Cerruti 1881, antes de lançar sua própria marca, em 1975, ao lado do parceiro e amigo Sergio Galeotti.

Sua proposta inovadora transformou a moda feminina ao incorporar elementos tradicionalmente masculinos, como cortes retos e ternos, adaptados ao corpo da mulher. Essa ousadia redefiniu o conceito de sofisticação no tapete vermelho, tornando Armani um dos estilistas mais celebrados da segunda metade do século XX. Em 2001, foi reconhecido como o mais bem-sucedido criador de moda de origem italiana.

A marca Armani se tornou sinônimo de luxo moderno, expandindo-se para linhas como Emporio Armani, Armani Exchange, Armani Jeans e até empreendimentos hoteleiros. A influência do estilista também se fez sentir nas passarelas e campanhas estreladas por grandes nomes, de Michelle Pfeiffer a Cristiano Ronaldo e Rihanna.

Além de sua relevância artística, Armani também entrou para a história por ser a pessoa queer mais rica do mundo, um marco na representatividade dentro de um setor historicamente conservador. Sua morte encerra um ciclo, mas o legado de estilo, ousadia e visão empreendedora continuará vivo por gerações.