Moraes vê provas de plano golpista em agenda de Augusto Heleno e delação de Mauro Cid

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O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que envolve Jair Bolsonaro e aliados, votou nesta segunda-feira (9) pela manutenção da validade da delação do tenente-coronel Mauro Cid. Durante sua exposição, Moraes rebateu as defesas e destacou que a preparação dos atos golpistas remonta a 2021, quando, segundo ele, começou a campanha sistemática para desacreditar o sistema eleitoral e o Judiciário.

Entre as provas, o ministro citou a agenda do general Augusto Heleno, então chefe do GSI, com registros de planos como “Punhal Verde e Amarelo”, “Copa 22” e “Luneta”, além da minuta do golpe de Estado. Para Moraes, não é aceitável considerar normal que um general de quatro estrelas mantenha anotações voltadas a minar a democracia e a perpetuar um governo no poder.

O relator também apontou o uso ilícito da Abin e do GSI para estruturar a narrativa golpista, supostamente com participação de Heleno e do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem. O julgamento, que envolve Bolsonaro e outros sete réus acusados de golpe de Estado e mais quatro crimes, segue com os votos dos demais ministros da Primeira Turma do STF.