O ministro Alexandre de Moraes abriu, nesta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete ex-auxiliares, acusados de tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes afirmou que todos os réus serão tratados com imparcialidade, assegurando respeito ao devido processo legal e ao contraditório.
Segundo o ministro, o Supremo não se deixará influenciar por ameaças ou pressões externas, em referência a ataques recentes de aliados de Bolsonaro e às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra magistrados brasileiros. Moraes classificou tais ações como “condutas covardes e traiçoeiras” que não afetarão a independência da Corte.
O relator também defendeu a soberania nacional e destacou que a pacificação política do país só será possível com respeito à Constituição e aplicação das leis. Para ele, impunidade e omissão não trazem paz, mas criam cicatrizes e enfraquecem a democracia.
O julgamento, que pode resultar em penas superiores a 40 anos de prisão, envolve acusações de organização criminosa armada, golpe de Estado e danos ao patrimônio público. A análise ocorre na Primeira Turma do STF, em Brasília, com transmissão ao vivo pela TV Justiça, Rádio Justiça e pelo canal oficial da Corte no YouTube.
