Moraes cobra explicações e preservação de provas após 121 mortos em operação no Rio

O ministro do STF Alexandre de Moraes — Foto- Rosinei Coutinho:STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reúne-se nesta segunda-feira (3) com o governador Cláudio Castro (PL) e outras autoridades de segurança do Rio de Janeiro, um dia após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortos, entre eles quatro policiais. O encontro ocorrerá às 11h, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), e deve reunir representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública.

Moraes é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que define diretrizes para ações policiais em comunidades. No domingo (2), ele determinou que o governo estadual preserve todos os elementos periciais e cadeias de custódia relacionados à operação, garantindo o acesso da Defensoria Pública às provas. O ministro destacou que o Supremo já havia orientado a documentação fotográfica e detalhada de locais de crime e necropsias para evitar descarte indevido de evidências.

A determinação de Moraes atendeu a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU), que denunciou ter sido impedida de acompanhar as necropsias das vítimas. O magistrado reforçou que a preservação dos vestígios é fundamental para a verificação independente da conduta policial e para a transparência das investigações.

Além da reunião com Castro, Moraes deve se encontrar ainda nesta segunda com representantes do Judiciário e com o prefeito Eduardo Paes (PSD), em uma agenda marcada pelo esforço de monitorar os desdobramentos da operação e garantir o cumprimento das normas impostas pelo STF para ações em áreas de vulnerabilidade.

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