A operação policial realizada nesta terça-feira (28/10) no Rio de Janeiro, classificada pelo governo estadual como a mais letal da história, repercutiu amplamente na imprensa internacional. Veículos estrangeiros utilizaram expressões como “cenas dantescas” e “caos colossal” para descrever a dimensão da violência, que deixou dezenas de mortos em diferentes comunidades da capital fluminense.
O The Guardian destacou o “pior dia de violência urbana em décadas” e questionou a estratégia de enfrentamento adotada pelas forças de segurança do estado. Já o Le Monde, da França, apontou que a ação expôs “a persistência de uma crise social e política” no Brasil, com destaque para a vulnerabilidade das áreas mais pobres e o impacto sobre moradores inocentes.
Nos Estados Unidos, o New York Times classificou a operação como “um colapso do controle urbano”, chamando atenção para a ausência de políticas integradas de segurança pública e desenvolvimento social. O jornal também ressaltou que organizações de direitos humanos pedem investigação internacional sobre o caso.
A repercussão reforça o debate sobre os limites da atuação policial no país. Especialistas ouvidos por agências internacionais afirmam que a escalada de violência evidencia falhas estruturais na política de segurança do Rio, que continua a alternar entre operações de confronto e tentativas de pacificação, sem alcançar resultados sustentáveis.
