
O prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou que o projeto das ecobarreiras instaladas nos igarapés da capital será apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro. As 12 estruturas em operação retêm, mensalmente, cerca de 300 toneladas de lixo que, sem essa contenção, acabariam sendo despejadas no rio Negro.

Durante visita à ecobarreira do igarapé do Mindu, na zona Centro-Sul, o prefeito destacou que o município recolhe cerca de 78 mil toneladas de resíduos por mês — o equivalente a mais de 900 mil toneladas por ano. A iniciativa das ecobarreiras, implantada há 23 meses, tem se mostrado uma solução simples e eficaz para auxiliar o serviço de limpeza urbana e preservar os cursos d’água da cidade. Apenas no ano passado, 2,8 mil toneladas de resíduos foram retiradas das estruturas, e, em 2025, até junho, já foram recolhidas 1,6 mil toneladas.
O titular da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Sabá Reis, ressaltou a importância da colaboração popular. Ele explicou que, embora as ecobarreiras reduzam significativamente o volume de resíduos que chegam ao rio Negro, a conscientização da população ainda é essencial para evitar o descarte irregular.
“Quem é responsável por isso não é a natureza, são as pessoas. Com as ecobarreiras, evitamos que o lixo chegue ao rio, mas o ideal é que ele não seja jogado nos igarapés”, alertou.
Nos próximos dias, uma nova ecobarreira será instalada no igarapé 13 de Maio, no bairro Educandos, zona Sul de Manaus. A expansão do projeto já contribuiu para reduzir pela metade o volume de resíduos retirados no transbordo do rio Negro, caindo de cerca de 700 para 300 toneladas por mês.
Com resultados expressivos, o projeto será apresentado na COP30 como exemplo de inovação urbana e compromisso ambiental, destacando o papel de Manaus no enfrentamento dos desafios da gestão de resíduos sólidos e da preservação dos recursos hídricos na Amazônia.









