Manaus deu um novo passo na agenda ambiental com a instalação da maior ecobarreira já implantada na cidade. Com 36 metros de extensão, a estrutura foi fixada no igarapé do Educandos, na zona Sul, um dos principais pontos de escoamento de resíduos sólidos que atingem o rio Negro. O equipamento faz parte do programa municipal de contenção de lixo flutuante, que já evita o despejo de milhares de toneladas de resíduos nas águas da capital.
Com a nova instalação, o sistema de 12 ecobarreiras passa a reter cerca de 3.600 toneladas de materiais como plásticos, madeira e até eletrodomésticos por ano. O impacto ambiental é expressivo: segundo a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), o volume equivale ao peso de mais de 2.400 carros populares que deixam de poluir o rio. A meta é chegar a 20 ecobarreiras até o fim de 2026, ampliando a coleta anual para cerca de 5 mil toneladas de resíduos.
O programa também integra ações de educação ambiental, com 120 educadores e mutirões diários de limpeza. Desde 2023, o conjunto de medidas reduziu em 57% o lixo flutuante no encontro das águas, um dos cartões-postais de Manaus. Especialistas avaliam que o modelo municipal é exemplo de política pública eficiente ao conciliar infraestrutura ambiental, mobilização comunitária e inovação tecnológica.
As ações farão parte da apresentação de Manaus durante a COP-30, em Belém. A capital amazonense levará à conferência internacional o pacote ambiental que inclui o novo aterro sanitário com tecnologia de impermeabilização e captação de metano para geração de energia. Com isso, Manaus busca se consolidar como referência nacional em políticas públicas de gestão sustentável na Amazônia.
