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A Justiça Eleitoral de São Paulo declarou o empresário e influenciador digital Pablo Marçal inelegível por oito anos. A decisão, assinada pelo juiz Rodrigo Capez, apontou abuso de poder político e econômico durante sua campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2024. Um dos fatores determinantes para a sentença foi a divulgação de um vídeo com informações falsas sobre seu adversário, Guilherme Boulos, a poucos dias da eleição.
A ação foi movida pelo PSB, partido da deputada federal Tabata Amaral, e por Boulos, ambos concorrentes no pleito municipal. Marçal terminou a disputa em terceiro lugar, ficando fora do segundo turno por uma diferença de 56.880 votos. A Justiça entendeu que sua conduta interferiu no equilíbrio da eleição, resultando na punição que o impede de concorrer a cargos públicos até 2033.
O influenciador também se envolveu em outras polêmicas durante a campanha. Em outubro de 2024, divulgou um laudo médico falso que afirmava que Boulos havia sofrido um surto psicótico devido ao uso de cocaína. O episódio levou à suspensão temporária de sua conta no Instagram e a processos na Justiça Eleitoral.
Com a inelegibilidade confirmada, Marçal vê frustradas suas ambições políticas a curto prazo. A decisão reforça o rigor contra o uso de desinformação e práticas abusivas no cenário eleitoral brasileiro.