
Israel amanheceu nesta terça-feira (26) sob forte tensão, com estradas bloqueadas e manifestações espalhadas por várias cidades. Grupos organizados por familiares de reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro exigem um acordo imediato de cessar-fogo e a libertação dos israelenses ainda mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza.
Pneus foram incendiados em cruzamentos estratégicos e atos ocorreram em frente às residências de ministros do governo. As mobilizações foram convocadas pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que há semanas pressiona o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a priorizar as negociações em vez da continuidade da ofensiva militar.
“Só com a nossa força poderemos alcançar um acordo global e acabar com a guerra. O governo os abandonou, mas o povo vai trazê-los de volta”, declarou Einav Zangauker, mãe de um dos reféns, em Tel Aviv. A fala ecoa um sentimento crescente de frustração com a ausência de avanços diplomáticos diante da escalada militar em Gaza.
Marchas simultâneas foram convocadas em várias regiões e devem culminar à noite em uma grande manifestação na chamada Praça dos Reféns, no coração de Tel Aviv. O movimento amplia a pressão internacional sobre Israel, num momento em que Netanyahu insiste em intensificar a operação militar, mesmo diante do clamor interno por um acordo que ponha fim ao conflito.