As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram, nesta segunda-feira (23), novos ataques contra o Irã, desta vez atingindo rotas de acesso à instalação de enriquecimento de urânio de Fordow, localizada no centro do país. A ofensiva foi descrita como uma ação para “obstruir” a mobilidade e o funcionamento do complexo nuclear, que havia sido alvo dos Estados Unidos pouco mais de 36 horas antes, com o uso de bombas antibunker.
A operação representa mais um capítulo da escalada militar entre Israel e o Irã, em meio a denúncias de que Teerã estaria avançando na construção de armamento atômico. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que os ataques coordenados com os EUA causaram “danos severos” às capacidades nucleares do regime iraniano e prometeu continuidade na estratégia ofensiva.
Netanyahu declarou que, além de Fordow, instalações como Natanz e fábricas de centrífugas também foram alvos. Segundo ele, as forças conjuntas atingiram “o coração de Teerã”, com ações que eliminaram cientistas ligados ao programa nuclear e comprometeram estruturas críticas. O premiê destacou que a extensão real dos danos ainda está sendo avaliada, mas que Israel está “determinado a concluir isso”.
A usina de Fordow, fortemente fortificada, é considerada uma das peças-chave do programa nuclear iraniano. Em meio à tensão crescente, o governo do Irã reafirma que seu programa tem fins pacíficos, enquanto acusa as potências ocidentais de sabotagem e motivação política.
A nova rodada de ataques eleva ainda mais o temor internacional sobre uma ruptura irreversível na segurança do Oriente Médio, com impactos diretos na estabilidade global e no regime de não proliferação de armas nucleares.
