
O governo de Israel afirmou nesta quarta-feira (28) ter matado Mohammed Sinwar, atual comandante do Hamas na Faixa de Gaza e irmão de Yahya Sinwar, antigo líder do grupo. A informação foi confirmada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu durante pronunciamento no Parlamento israelense. Segundo ele, Sinwar foi morto em janeiro, durante um ataque direcionado a um hospital no sul do enclave palestino.
Mohammed havia assumido a liderança do Hamas após a morte de Yahya, no fim de 2024. Ambos são apontados por Israel como figuras-chave na organização e execução do ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1.200 israelenses e no sequestro de centenas de civis. A ofensiva israelense desde então tem mirado sistematicamente as lideranças do grupo islâmico.
“Já eliminamos Yahya Sinwar, Mohammed Sinwar, Ismail Haniyeh e Mohammed Deif”, afirmou Netanyahu, referindo-se aos principais nomes do alto comando do Hamas nos últimos anos. Haniyeh, que liderava o braço político da organização, foi morto em um atentado aéreo em Teerã, capital do Irã, em abril. Mohammed Deif, líder das Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, também foi morto em ataque anterior.
Apesar do anúncio feito por Israel, o Hamas ainda não confirmou a morte de Mohammed Sinwar até o momento. O grupo, que mantém forte presença no sul de Gaza e em redes subterrâneas de túneis, tem sido alvo de intensas operações israelenses desde o início da guerra.
A lista de líderes do Hamas mortos por Israel ao longo do último ano inclui, além dos Sinwar, nomes como Marwan Issa, Fateh Sherif Abu el-Amin e outros integrantes considerados estratégicos para a estrutura político-militar do grupo. A ofensiva, que continua com apoio dos EUA e aliados ocidentais, eleva a tensão regional e amplia o número de vítimas civis no território palestino.