
O Vaticano abriu nesta sexta-feira (25) as portas da Basílica de São Pedro para o último dia do velório do papa Francisco, falecido nesta semana aos 88 anos. Fiéis de todo o mundo se reuniram em Roma para prestar as últimas homenagens ao líder da Igreja Católica, cuja trajetória foi marcada por reformas, posicionamentos progressistas e uma liderança próxima dos mais pobres.

A movimentação intensa na Praça de São Pedro teve início ainda na madrugada. Peregrinos, religiosos e chefes de Estado de diversos países enfrentaram longas filas para se despedir do pontífice argentino, o primeiro jesuíta e o primeiro sul-americano a comandar a Santa Sé.
O Vaticano também divulgou, nesta manhã, a primeira imagem oficial do túmulo onde Francisco será sepultado. O local escolhido é a Basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais de Roma e símbolo da devoção mariana que marcou o pontificado de Francisco.
Segundo o comunicado da Santa Sé, o túmulo estará aberto à visitação pública a partir deste domingo (27). A expectativa é que milhares de fiéis visitem o local nos primeiros dias, transformando o espaço em ponto de peregrinação mundial.
A cerimônia de sepultamento ocorrerá de forma reservada, restrita a familiares, autoridades do Vaticano e líderes religiosos convidados. O papa será enterrado em uma capela lateral da basílica, próximo ao ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, diante do qual costumava rezar.
O velório de Francisco foi marcado por ritos simples e orações em diversas línguas, refletindo o estilo pastoral e o compromisso com o ecumenismo que ele cultivou durante mais de uma década à frente da Igreja.
A morte de Francisco marca o fim de uma era de reformas e aproximação da Igreja com temas contemporâneos, como as mudanças climáticas, a inclusão social e os direitos dos migrantes. Seu sucessor, ainda não definido, terá como desafio manter esse legado diante de uma Igreja global e profundamente diversa.