
Faltando quase dois meses para o 58º Festival de Parintins, marcado para os dias 27, 28 e 29 de junho, o clima da festa já se faz sentir no comércio de Manaus. A expectativa em torno do duelo entre os bois Caprichoso e Garantido aquece as vendas na capital, especialmente de produtos temáticos ligados ao evento folclórico mais emblemático do Norte do país.
No Centro da cidade, lojas colaborativas como a do jovem empresário Igor Rodrigues, 23 anos, registram aumento no fluxo de clientes. O espaço reúne marcas locais que apostam na força cultural do festival para alavancar negócios.
“Esse movimento é muito importante, gera emprego, renda e impacto social”, afirma Rodrigues, entusiasmado com o crescimento da visibilidade do evento.
A loja abriga também a marca criada por Juliana Landim e Maysa Fagundes, ambas de 29 anos. Com foco em camisetas, lenços e ecobags com identidade amazônica, elas apostam no festival como vitrine de valorização cultural e comercial.
“A gente viu que podia inserir o festival na proposta da marca e deu super certo”, diz Juliana. Para Maysa, o momento representa um amadurecimento conjunto: “O festival cresceu e a gente cresceu com ele.”
Além da movimentação econômica em Manaus, o Governo do Amazonas tem investido de forma estratégica no festival. Entre 2022 e 2024, mais de 340 mil turistas passaram por Parintins, gerando um impacto de R$ 438 milhões na economia local. Iniciativas como capacitações, entregas de equipamentos e apoio direto a trabalhadores sustentam esse crescimento.
Projetos como o “Recicla Galera” também ganham destaque. Lançado em 2019, o programa já destinou mais de 17 toneladas de resíduos recicláveis, promovendo renda para catadores durante os dias de festa. Outro exemplo é o ‘Workshop Bem Receber’, que capacita prestadores de serviço para melhorar a recepção dos turistas.
O transporte típico da festa, os triciclos, também recebeu atenção: 200 veículos foram reformados com apoio do governo, que entregou kits personalizados e uniformes. E, para valorizar a identidade visual da cidade, a “Galeria Parintins Cidade Aberta” transformou muros em verdadeiras obras de arte assinadas por artistas locais, como Pito Silva, autor da fachada do Bumbódromo, símbolo máximo da celebração folclórica.